A «perfeição» existe apenas como resultado de uma extrapolação lógica: é o oposto de «imperfeição». Qualquer ser inteligente, por conhecer o preto, adivinha o branco.
É puro infortúnio que «imperfeição» seja palavra derivada de «perfeição», sendo que é da primeira que nasce a segunda.
A perfeição não é atingível — existe apenas no limite da imaginação. A imperfeição impera.
A natureza manifesta-se por desequilíbrios, solavancos, sopros, diferenças, imperfeições. Perfeito seria o equilíbrio, a igualdade, a suspensão, a estagnação, a seca, a morte.
Perfeita? — no sentido idílico da palavra, de algo que é maravilhoso — perfeita é a imperfeição. E é aqui e agora.
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